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Ponto
de Vista
Assisti
ao show do Grupo Casuarina, realizado na Lapa (RJ) e me chamou atenção uma
canção chamada, “ponto de vista”, porque nos acordes o desenvolvimento da letra
é muito provocador, porque normalmente se discute o ponto de vista de cada um,
mas não o ponto de vista como assunto, e, a partir desta “provocação” resolvi
discorrer e fazer algumas considerações, com o intuito de “cutucar” os
leitores.
Verificamos
que é uma expressão muito utilizada nas reuniões e nas conversas, sempre quando
as pessoas estão buscando um consenso, mas dependendo dos ânimos, este consenso
fica distante e o entendimento torna-se muito difícil de ser alcançado. Existe uma expressão que diz “é mais
importante ser gentil do que ter razão”, ora nas relações de trabalho nem
sempre existe tempo hábil para, após o ser gentil, buscar o que se almeja, mas
quando você fica gentil, na realidade está planejando uma solução a curto,
médio ou longo prazo e deverá estar convicto de sua posição em relação ao
assunto, pois para ter esta postura, não só o embasamento teórico, mas também o
pratico deverá ser levado em consideração.
O
que determina o seu ponto de vista? Pode ser sua condição, sua emoção ou sua
razão. Pois bem, vejamos quem é o filho mais bonito da face da terra? Certamente
a mãe, zelosa e amorosa, sabe quem é. Sua emoção ditou a resposta. Para uma
pessoa comum, sem a deficiência visual, uma sirene é apenas um som, porém para
um cego, o que será? Um aviso para não seguir adiante, ou seja, um farol. Sua
condição orientou a sua resposta. Uma campanha de marketing está para ser
desenvolvida, contudo não se tem o veiculo correto para investir e os parcos
recursos estão comprometidos. O que fazer? Um levantamento do real recurso a ser
disponibilizado para a campanha, verificar as mídias disponíveis, as que irão
alcançar o seu publico, enfim, com bases sólidas, será feita a escolha. O que a
definiu? A razão.
Como
verificamos a calma, o planejamento, o conhecimento, a disponibilidade e a
sabedoria de saber ouvir e considerar os pontos que estão ao alcance, serão
fatores importantes para definir um ponto de vista, por isso não dá para
entender quando este ponto de vista, não está baseado em nada e tem a
insistência de continuar se mantendo, pelo prazer da fomentar a contrariedade. Esta preocupação se dá ao perceber os jovens,
que hoje estão tão questionadores, tão cheios de “direitos”, “conceitos” e não
se embasam em nada, mas que insistentemente mantêm sua posição, não chega nem a
verificar as reais conseqüências de sua atitude. Então infelizmente “vemos”
alguns destes, desempregados e com poucas perspectivas no mercado de trabalho e
às vezes destroem uma equipe de trabalho ou uma harmonia familiar, nestes dois
últimos exemplos, não só os jovens.
Assim
para manifestar nosso ponto de vista, deveremos levar em consideração os pontos
abordados anteriormente neste texto e não ser leviano, porque geralmente ao
externá-lo, “levamos” outras pessoas a seguir e até defender esta posição que
nem sempre tem um desfecho que não era o esperado. Então com moderação,
poderemos sim, mantê-lo e tê-lo respeitado e apreciado, mesmo que não consiga
que seja aceito. Utilizando estes princípios poderemos parafrasear dois
compositores da nova geração, João Cavalcante e Edu Krieger que na letra de sua
música citada no inicio do texto, afirmam: “respeite os meus pontos de vistas
que eu respeito os seus e não é preciso por lente de contato ou óculos de grau
para que exista somente um ponto de vista igual, o jeito é manter o respeito e
ponto final.”
Texto
escrito por: Péricles Itamar, diretor administrativo do CETEPRO, professor e
administrador.